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sábado, 28 de dezembro de 2013

De desejo, de caminho, de sonho de menino

Eu poderia desenhar,
de longe,
aquele caminho
que caminha ao contrário
dos meus pés.

Eu poderia desenhar,
olhando bem perto,
aquelas pedras
que meus pés
insistem em pisar.

Eu poderia,
claramente,
desenhar,
caso me faltasse palavras,
meus sonhos,
anseios e desejos
de um menino
de sangue cigano
e latino.

Me faltam cores,
por isso não desenho.
Se pudesse,
o menino desenharia
fotografias,
mostrando a beleza do caminho
que o inconsciente
insiste em mostrá-lo.

Não consigo,
sendo menino,
correr
como queria.

Mas consigo,
sendo menino,
sonhar
como gostaria.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

"Pensa num trem que vc tropeça nela. É a língua. Falou hoje amanhã ela tá te derrubando" (PAI, meu).

domingo, 22 de dezembro de 2013

Encontro

Essa noite meu sorriso mais sincero encontra caminho entre um João e uma Morena. Os dois da estrada.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

É?

É, disso, desse sorriso bobo gostoso que mostra que a simplicidade é quem nos dá ele, que um dia "daqueles" são bem interessantes se vistos de outro ponto de vista. Tudo não tá na forma com que olhamos pra tudo? E não existem várias formas de olhar tudo?  

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

#0412

É sempre assim, fico tempos para começar e depois, mais tarde, como um raio, as informações vem chegando, escorre entre os dedos e se fazem palavras na tela defronte a mim. Vejo as linhas caminharem, como se eu soubesse, definitivamente, o que escrevo. Não sei, o que escrevo aqui são sensações, que de uma forma ou de outra não chegam até você que lê porquê me falta forma ou algum tipo de não-forma para te atingir.   

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

#0212

Os ventos da bonança aparecem quando menos esperamos.
São sussurros na alma.
Calafrios no espaço.
Carinhos metafísicos.
Bênçãos de lá de onde temos medo.
Chegue e fique, carinho.
Passe e apeie, bem.
Alma boa que acredita no amor sofre,
mas não morre sem.