Páginas

terça-feira, 31 de maio de 2011

Entre livros, filmes e ações pela metade

Chega de baixar filmes e não ver, pegar livros e não ler, começar e não fazer... no entanto, o menino não pensa em deixar de olhar algumas cenas aleatórias, folhear as páginas e parar nas que tem imagens e pensar até desistir. São nos meios que os processos do menino se processam. São nos meios das cenas, das páginas dos livros, dos atos infindos. 

Adoros

Eu adoro ficar olhando você e ver que você insisti em tentar não olhar e você olhar e ficar sem graça e quando você troca sem graça por constrangido ("eu fico constrangido com você me olhando"). Eu adoro quando você encaixa minha mão na sua e eu fico sempre mais confiante em você. E eu adoro sentir um frio na barriga sempre que recebo um beijo e adoro todas as vezes que nos tocamos, beijamos e acarinhamos serem como se fossem a primeira vez. Adoro alimentar todos os dias as minhas borboletas no estômago e adoro criá-las e cuidar delas porquê eu sempre lembro de você quando eu as sinto. Adoro sentir saudade e um apertinho no peito todas as vezes que ficamos algumas horas separados. Adoro sonhar com você sempre que ficamos juntos ou separados e adoro ter você em todo e qualquer sonho meu. Adoro te ver chegando e ouvir o interfone tocar e atender e ser você. Adoro quando eu ouço sua voz no telefone, meio apreensiva meio doce. Adoro ouvir você falar da sua mãe com tanto carinho e amor. Adoro quando você deixa eu cuidar de você e quando eu faço chá pra você beber. Adoro sentir preguiça quando você quer sair mas sempre sair com você. Eu adoro sair com você e ver que você está se divertido. Eu adoro me divertir com você e adoro pegar ônibus na mesma hora que você e adoro o modo como os nossos ônibus saem na mesma hora do terminal. Eu adoro estar com você e adoro a maneira que você demonstra não querendo demonstrar o que você sente. E adoro me esforçar mais um pouco e descobrir que você gosta de mim porquê você falou que gostava de mim. Adoro quando eu estou quieto no meu canto e você vem me dar um beijo e me olha com aquela cara amarrada que você tem. Eu adoro sua cara amarrada. Adoro quando você me manda um vídeo do youtube pelo MSN e não diz mais nada e eu ouço duas vezes pra ver se tem qualquer mensagem que possa ser pra mim. Eu adoro quando você fica sem graça quando temos que nos despedir no meio da rua e adoro ficar sem graça junto contigo nessa situação. Eu adoro pensar que minha lista de coisas que eu adoro entre nós vai crescer. E eu adoro já ter um final escrito, independente do tanto de eus adoros anteriores: Eu adoro você.

Coisas que o menino vê

Caminhando entre a vontade de ter sempre nas mãos uma câmera que conseguisse capturar qualquer imagem da mesma maneira que seus olhos vêem. Uma máquina de reproduzir carinho. E uma máquina, enfim, que fizesse entregas a domicílio, em todos os países existentes, em tocas, casas, cavernas, fossas e em qualquer lugar que qualquer pessoa possa receber. O menino não vê as coisas mais lindas do mundo e nem a solução para toda e qualquer coisa... mas promete, quando alguém criar essas coisas e se não for muito caro,  mandar todas as melhores imagens dele. Ele vê coisas boas e por isso encontra pessoas pra chamá-lo de sonhador. "Sonhador o cacete! Eu sou é realista. Eu estou vendo!", diz o menino.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cérebro x Coração

Há um tempo eu poderia vestir minha armadura e ir à guerra contra alguém que tentasse desafiar e/ou colocar em cheque a minha visão de mundo e, principalmente, a minha visão de mim mesmo. Brigaria com espadas, se preciso. Perfuraria o coração alheio sem dó nem piedade. Perfuraria até meu coração na tentativa de manter ilesa a minha dignidade de realmente saber de alguma coisa, de ter certeza de qualquer coisa que no fim, não contribuía tanto quanto eu precisava.
Hoje os tempos são outros e junto com o outono posterior veio a incerteza de tudo. As bases do meu castelo se esfarelaram como pão velho e lá se foram todos os troféis ganhos nas guerras anteriores. Hei de lembrar algum dia daqueles momentos... e não sei, mas penso que hei de me arrepender profundamente de não ter tentado nem mais um pouco. De não ter aberto mão de uma quase-certeza (vejo o que eram hoje. Na época, lembro-me: não haviam certezas mais certas que aquelas) pras coisas que aqueles outros corações tinham pra me dizer. Nas últimas guerras assumo que fui responsável por várias vítimas. Mas assumo, aqui, que a maior vítima foi esta que vos fala.
Não sei. Só sei que depois desse outono há de vir um inverno, outro inverno. Um verão. Outro verão! E assim, o tempo há de passar e eu hei de passar com ele, sem mais certezas, sem mais guerras comigo mesmo e contra corações alheios. O que eu mais tenho quisto são cafunés na cabeça que ajudam a aquecer o coração. E tenho quisto poder aquecer o coração alheio com o que mais tenho a oferecer: amor!
Ah, o amor... neste tempo atual descobri que ceder à vontade do meu coração é o que mais me deixa feliz. E nem me sobra tempo para medir se é certo ou errado. Descobrir? Espero morrer sem saber dessa!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Meninopassarinho

O menino olhou pela janela 
esperando ver mais que pessoas. 
Como esperou, 
viu um passarinho.