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sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Que Ele É?

É ser, como se nada tivesse tanta importância. É viver, como se a vida não tivesse outras instâncias. É permanecer até conseguir reconhecer o quanto as coisas são tantas.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bem Acompanhado pro Finde

"Y Tu Mamá También" (2001), de Alfonso Cuarón;

"Central do Brasil" (Brasil - 1998), de Walter Salles;

"Pequena Miss Sunshine" (EUA - 2006), de Jonathan Dayton e Valerie Faris;

"Budapeste" (Portugal, Hungria, Brasil - 2009), de Walter Carvalho;

"O Segredo dos Teus Olhos" (Argentina, Espanha - 2010), de Juan José Campanella;

"Tudo Acontece em Elizabethtown" (EUA - 2005), de Cameron Crowe;

"O Banheiro do Papa" (Brasil, França, Uruguai - 2007), de César Charlone e Enrique Fernández;

"Lavoura Arcaica" (Brasil - 2001), de Luiz Fernando Carvalho;

"Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" (EUA - 2004), de Michel Gondry;

"Preciosa" (EUA - 2009), de Lee Daniels;

"Abril Despedaçado" (Brasil - 2001), de Walter Salles.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ana e o Medo

Medo. O medo aflora os desejos mais profundos de Ana. Ela tem se queixado da situação que se colocara, em sua vida. Pobre Ana, que não conhece o mundo exterior. Mas o mundo exterior não existe mesmo, é uma divagação das pessoas que acham que cada pessoa é um mundo. E o mundo exterior, nessa última situação, seria o que? O resultado de todos os mundinhos? Daí já se deixou de ser exterior, uma vez que meu mundinho forma esse mundão, de Deus. Ana tem toda razão em se perder. E todo direito também.
Esses tempos, Ana se deu o luxo de pensar sobre seu passado, de procurar uma ligação com seus ancestrais. E descobriu que mesmo que tente, não conseguirá se ver externalizada à sua hereditariedade. Isso é uma questão de genética, está imprgnado e não adianta fugir.
Ana precisa devolver as pedras de seu passado ao rio de onde elas foram retiradas. Ana tem a obrigação de se devolver às águas do passado. E quando o fizer, com certeza, se banhará de imagens antigas, presentes e futuras. Só se concebe um futuro bem intencionado quando se inteciona positivamente seu passado. Isso não é só ser museu, afinal, na contemporaneidade, o passado se contrapõe com o presente e juntos, resenham o que está por vir, que de tão entregue ao destino se perde e logo se encontra na hora, no lugar e na intensidade certos.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Corre, Ana, corre

Sra. Ana tem lá seus 50 anos. Sim, acredite se quiser, mas ela tem essa idade. Para você que a olha, dá-lhe uns 60? Mais? 80, então? Mais! Muito mais idade para essa mulher desesperada. Tão desesperada que se sente na obrigação de ficar zanzando na cabeça dos outros, como se as pessoas fossem obrigadas a passar pelo mesmo desespero que ela. Poupe-nos sra. Ana, não temos que dar conta dos seus pensamentos ou inquietações. Vivemos em um mundo móvel demais para pararmos e refletirmos sobre o que você está pensando. Aliás, pensar nesse mundo é tudo o que não podemos fazer. Falar ainda se pode, um pouco, desde que você esteja completamente certo de que aquilo tem mesmo alguma necessidade para alguém. E me desculpe, o que a sra. tem pensado não diz respeito a mim, mas só a você. Corra, Ana, corra contra o tempo, corte todo o vento e vá encontrar seu lugar, mulher. Eu não quero entrar em seu apartamento e encontrá-la lá, definhando como sempre ficara. A vida é longa demais pra quem anda devagar e curta demais pra quem corre. Mas você se arrastou tanto pela vida que agora, só correndo para conseguir chegar onde todos estão. Corre, Ana, corre.