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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Como está?

Se alguém me pergunta como estou, demoro responder porque nem tudo precisa ser dito. Às vezes (maioria delas, aliás) é melhor deixar como está. Abro um sorriso que não convence os mais atentos e digo o que querem ouvir: "Estou bem!".

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Sintomas

Fica um cheiro de falta
Até no nome do bairro
Até nos números da rua
Até nas cores das bermudas simples
Até dos anônimos.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Não tenho

Não tenho medo de carro,
Não tenho medo do ridículo,
Não tenho medo de água,
Não tenho medo de abraço,
Nem de beijo,
Nem de afeto.
O que me amedronta é a falta.
A falta de paciência,
A falta de desestrutura,
A falta de sonho,
De ilusões.
O que me treme de medo é
essa história pré contada,
Imaginada por quem sequer vive
e usa palavras difíceis
para falar de saudade,
de amor,
de simplicidade.
Tenho medo de desaparecerem
Os desencontros,
Os platônicos
E as efemeridades reais.
Mais que o ar,
Me sufoca a falta de amar.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Tipos de nós

É engraçado. A garganta tem dois tipos de nós:
1. o nó da tristeza, que vai apertando e sufocando. às vezes, nem abrir o berreiro resolve.
2. nós de expectativa. é o contrário do 1. é quando a felicidade aparece vívida e nem a garganta responde. deu nó de riso!