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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

MISSÃO


Pena que não consigo descrever
as sensações que tive,
as emoções que passei,
o calor que senti nem a areia que pisei
naquela terra de Jesus ressuscitado,
mas de um povo crucificado.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Juca indica - "Into the Wild"


Assistir o filme “Into the Wild” pela segunda vez não é nada cansativo. Acho que nem pela terceira, décima quarta. Sempre tem algo novo, diferente para se ver nele. As relações pessoais, a relação nossa conosco mesmo, com nosso corpo e mente, juntos ou separados são temas que se há nele o que aprender.
Acho massa ter-se 23 anos, curso superior e coragem para viajar sem destino. A única coisa que aquele cara fez de errado foi se esconder diante do medo. Realmente é muito fácil ver que tem algo errado dentro de casa, na rua, em tudo e tentar fugir. Vendo de fora, penso que ele teria ajudado muito mais gente a reconhecer a ambição desenfreada, se ele continuasse na cidade, conversando com essas pessoas. Procurasse um modo de relação com as pessoas onde se despertasse nelas o indivíduo que cada um é.
É claro que é difícil conviver com pessoas que pensam diferente de você, mas é preciso também termos noção de compaixão para com o outro. Ninguém passa a acreditar em algo do nada, tipo: “nossa, hoje eu vou acreditar que aquela folha de mangueira é um deus supremo e poderoso que solta leite” . A única coisa de se acreditar assim, do nada, é o “soltar leite”.
Tudo vem de um processo da vida, onde a gente vem aprendendo coisas, descartando algumas e acreditando em outras. Até chegarmos num ponto de acreditar em algo temos muita coisa para viver. É difícil deixar de acreditar em algo, principalmente quando alguém te propõe. O ser humano é orgulhoso, mas se percebermos as qualidades que cada um tem, se nos abrirmos para vê-las, seríamos mais otimistas e passaríamos a acreditar mais na nossa espécie. Como o aprendizado é um processo, o rever as coisas de outra maneira também.
Nossa, isso aqui virou quase um texto de auto-ajuda. Voltemos ao filme, ao personagem principal: ele não deveria ter se dado por vencido pela forma de pensar na sociedade. Se ele tivesse acreditado no poder que ele tem de mudar situações talvez tivesse tentado mais um pouco.
O filme é muito bom. Trilha sonora inteira do carinha lá do Pearl Jam (Eddie Veder) - FANTÁSTICA-.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

CREPUSCULANDO



Bem produzido, uma fotografia espetacular, trilha sonora fantástica (que inclui “Decode” de Paramore) e uma história de arrancar arrepios até no gatinho do Shrek. Um filme para se assistir sozinho.
Talvez seja melhor primeiro ler a obra, ou então descobrir que o tem em seu computador, começar a ver e... Não conseguir parar mais.
Simplesmente um dos melhores filmes que já vi. Um romance muito diferente, até sem contar que ele é vampiro e ela “cara pálida”.
Os dois se beijam somente duas vezes no filme inteiro, que tem duas horas de duração. É fantástico isso!
Me leva a pensar na relação que as pessoas tem hoje em dia. Tudo bem que é difícil levar tão a sério essa história de castidade, já que o personagem principal do filme é um vampiro (que tem uma cara mais pálida que dos “caras pálida”, diga-se de passagem). Mas percebamos em “Crepúsculo”: o amor dos dois é enorme, incondicional quase. Só que Bella Swan (Kristen Stewart) não beija, e muito menos faz sexo com Edward Cullen (Robert Pattinson), o que não impede que eles tenham um relacionamento intenso e leal. Isso acontece com as pessoas que reconhecem o verdadeiro amor, que descobrem onde esse sentimento realmente está. É completamente aceitável que uma pessoa sinta-se bem suprido com outro amigo. Penso que o sexo e o beijo (na boca) não sejam tão importantes como um abraço fraterno, carinhoso. As pessoas pensam que o sexo é fundamental em uma relação porque não se abraçam. Aqueles casais que descobriram formas de carinho diferentes do “abrir as pernas” não as trocam pela cópula.
Não é ser puritano demais. Isso é uma questão de percepção nas outras pessoas, ver que elas tem mais a nos oferecer que um corpo interessante e/ou uma boa performance na cama, sofá ou seja lá onde se costumam transar.
Agora eu quero ler e ver “Lua Nova”. Esperemos!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

PRIMEIRA ENTREVISTA DE EMPREGO

Minha primeira entrevista de emprego foi inevitável, assim como o sentimento de expectativa antes dela. Já havia conversado com a minha provável futura chefe. Mas é daquele jeito, a gente ouve uma voz doce, mas quando se imagina o rosto é um urso, igual ao “sogro” numa das propagandas do Master-Card. O pior de tudo é o fato de eu nem estudar na área que eu iria trabalhar. (Por isso que eu falo, é preciso ser mais que corajoso pra fazer Teatro, principalmente curso superior. Artistas no Brasil precisam ser super-heróis, daqueles que não tem fome, nem sede e poder de ser invisível, afinal quase não se veste com o que normalmente se ganha).
Foi legal porque as minhas (ex) futuras patroas eram legais, bem diretas e sinceras. Tem-se gente que se assusta com patrões assim, acho que eu quero que os meus sempre tenham essas características. Quanto mais direta ele for, mais coisa você vai aprender, e mais rápido. Penso eu trabalhando com o Dr. House. Tá é doido! Eu precisaria de um mês para decifrar cada charada.
Esse emprego não deu certo por causa dos horários, dos meus. Tudo bem, agora eu sei como é uma entrevista de emprego e espero ter pelo menos mais umas 10 até o final da minha carreira de trabalho (eu quero me aposentar, é claro que eu quero me aposentar, por isso comento do final da carreira).
Se você nunca foi entrevistado para um emprego, vai na fé meu irmão, não é a coisa mais impressionante que você já viveu ou vai viver, mas saiba que pode ser umas das mais importantes. E aquela frasezinha famosa que ouvimos em todos filmes, séries e novelas, dá certo! (“Não, mas tenho vontade de aprender”).

domingo, 9 de agosto de 2009

O [PAI] CAÇADOR DE PIPAS

Meu pai é o melhor pai do mundo. Desde pequeno eu ouço que ninguém é perfeito, então sei que ele também não é. Sei lá viu!? Já ouvi falar em super-herói, mas nunca vi nenhum tão poderoso quanto meu pai. Não tenho nenhum ótimo perfeito relacionamento com ele, mas não é dos piores. Tudo bem que o Sr. Pedro quer que eu faça Direito, e eu faço Teatro; que ele quer que eu termine a faculdade, e eu quero ir para o seminário, ser missionário. São pequenas diferenças que fazem com que discutamos de vez em quando, mas que não diminuem meu amor por ele. Aliás, só aumentam.
Eu descobri que eu tenho mais do meu pai do que eu imaginava. A teimosia, o impulso, a consciência de que somos assim mesmo. Tomara que quando eu fizer minhas próximas próprias escolhas ele não seja inflexível.
Tem as coisas negativas também, mas hoje é o dia dele uai. Não compensa ficar escrevendo como eu queria que ele fosse, afinal, não me atrapalha muito o jeito dele. Na verdade, quando ele vai contra o que eu penso, sempre me faz ter certeza daquilo que eu quero e acredito.
Uma história inesquecível: Quando morávamos em Brasília, eu queria soltar pipa, mas não tinha uma. A que eu tinha ganhado já estava só os pedaços. Então, num dia à tarde, meu pai chegou no prédio de terno e gravata. Eu brincando lá em baixo, quando uma pipa veio caindo, e de repente, ele saiu correndo atrás dela. Foi um episódio engraçado, aquele cara com jeito de executivo, roupa de executivo e pasta de executivo, correndo atrás de uma pipa pro filho. PS.: Eu nem precisei pedir pra que ele fizesse isso pra mim. Meus amigos ficaram todos comentando, do pai do Allan, todo engravatado correndo pra pegar uma pipa pra ele.
Meu pai é o máximo!