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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um retorno sem nunca ter ido antes

Só agradeço pela maravilha de passeio. Pirenópolis-GO!

rock street
Sara Joplin

Ioga

Um resumo de Shakespeare

Uma pitada de drama,
outra de amor.
Um tanto de lágrimas e
sorrisos.
Um tempo que não se reconhece,
ou até demais.
Mas sem NUNCA perder a poesia.

sábado, 24 de julho de 2010

Se o Papa lhes usasse o banheiro...

Uma história sobre sonhos... e outros milagres.

E mesmo que conte a história real de uma tremenda falta de sorte... falta de sorte é não ter alguém que, mesmo depois do desastre que fizera, ainda te abraça nas futuras ideias.

El Baño del Papa (Brasil / Uruguai / França , 2007), filme dirigido por Henrique Fernádez e César Charlone, conta a história de Beto, um uruguaio residente em Melo (UY), 'bagayero' que vive a trocar mercadorias pela fronteira. Em 1988, quando o Papa João Paulo II vem visitar sua cidade, tem a ideia de construir um banheiro para que os peregrinos de outras regiões possam utilizar, pagando pelo serviço.
Como Beto, várias outras famílias investiram em negócios para o dia da visita de João Paulo II, principalmente comes e bebes. Esperavam cerca de 50.000 pessoas, principalmente brasileiros. Que frustração! Por que? "Até os dias de hoje, a data simboliza a maior calamidade econômica na memória dos habitantes do vilarejo.  Toda a comida e bebida não foram consumidas e, portanto foram doadas ou simplesmente desperdiçadas". Somente cerca de 8.000 pessoas foram ao evento.
Não gosto de filmes que me fazem ficar com raiva ou coisa do tipo, mas esse... 
Faltando cerca de 5 minutos para terminar o filme, a história muda de rumo e mostra que, nos momentos mais difíceis, nas horas mais preocupantes, sempre acontece um milagre. E mesmo que passe despercebido, sempre houve esperança e amor.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Simplesmente Amélie

"San toi, les émotions d aujouvid' Rui me servient que la peau morte des émotions d'autrefois" HIPOLITO

Não tenho cacife pra falar sobre o trabalho técnico do diretor, nem tenho coragem de arriscar qualquer dica sobre a atuação dos artistas nesse filme. A única coisa que me restou, senão, é afirmar que ela realmente muda sua vida! Amélie Poulain...
São tantas as mensagens e tantos os sinais que o filme mostra. É uma constante nostalgia e, ao mesmo tempo, um passeio pelo futuro próximo. As cores, sempre variando entre os extremos do claro e do escuro, do forte e do fraco, do drama e da comédia, unidas ao som implacável de uma trilha impecável e, sobretudo, inspiradora. 
O roteiro está no equilíbrio perfeito entre os extremos da existência humana. Como o universo shakespeareano, o de Amélie vai da dor ao amor em questão de segundos, fazendo-nos, sempre, ir das lágrimas a maior gargalhada em pouco tempo, que dá a impressão de ser muito tempo. 
E quero, definitivamente, ter um fabuloso destino, assim como o de Amélie. Coisa que tem que ser construída, passo a passo e nas pequenas coisas e escolhas ser mudada.

"Sem você, a emoção de hoje seria pele morta da emoção do passado"
HIPÓLITO

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Volta ao Mundo

Meu roteiro, imaginário, que seja, pela volta ao mundo.

Eu vou sair do Brasil,
passando por lugares que não existem, tipo o Acre.
Daqui pra Colômbia,
correr pelas platações de coca.
Deve ser interessantíssimo ver uma plantação de bebidas!
De lá, vou pro Panamá,
virarei Rodrigo. -Não me chame de Juca ou coisa assim, quando eu estiver no Panamá-
Bastidas será meu sobrenome.
Rodrigo Bastidas viajará por toda a costa caribenha.
Virarei garimpeiro na Costa Rica.
Serei freira em Nicarágua e mergulhador das Honduras.
Me tornarei Jesus em El Salvador, plantarei bananas na Guatemala e
cuidarei de uma Igreja, nas planícies mexicanas, que vai ter o nome de Maria de Guadalupe.
Virarei artista nos EUA. Dançarino no Canadá e urso polar no Alasca.
Fingirei minha morte e
fugirei para Cuba.
Virarei cubano para sempre.
Serei o amante de Fidel, que não demora
bate as botas.
Tomarei-o o posto e libertarei o país.
Depois disso, serei pedreiro no Haiti e dançarino profissional provisiório de merengue na República Dominicana.
Vou ser ameríndio na Venezuela, pescador na Guiana, professor de neerlandês no Suriname.
Gastarei meus Euros na Guiana Francesa...
Volto pro Brasil, pego você (pronto!) e vamos juntos pro Uruguai, virar cantores de cabaré,
Bailarinos de tango na Argentina, atores de teatro de rua no Chile, criadores de lhamas na Bolívia e guias turísticos no Peru.
Seremos grandes tartarugas no Equador, dragões nos Galápagos e focas na Antártida.
Depois pensei em ir pra Coréia do Norte. Nos tornaremos Mao e libertaremos o país.
De lá, viraremos monges budistas na Índia, vendedores de burca no Afeganistão e de kilt na Escócia,
Cleópatra e Gizé no Egito, ultramaratonistas no Marrocos, e gays em Uganda.
Serei um senhor girafa viciado em remédios e você uma zebra em Madagascar.
Trabalharemos numa multinacional na China e viraremos mangás ninjas super poderosos contra o mal no Japão.
Nos formaremos em super espiões contra a grande fúria dos caçadores de recompensa na Rússia.
Vikings mafiosos na Itália, judeus na Espanha e ortodoxos na Turquia. Fugiremos, depois, com seus amigos turcos e viraremos islãs.
Vamos à Inglaterra, virar pops e trabalhar num bar subterrâneo em Londres.
Seremos o braço direito do papa no Vaticano, meninas de vitrine em Amsterdam. Seremos pintores do muro de Berlim, na Alemanha...

Agradecimentos
Mariana Tagliari, obrigado por me acompanhar nessa!!! Fellipe Paulo, valeu pelas dicas de países...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

JUCA INDICA - El Cuarteto de Nos

A banda uruguaia El Cuarteto de Nos surgiu em 1984. De lá pra cá, já gravaram 11 discos e ganharam 4 discos de platina e 6 de ouro com a venda dos mesmos. Se tornou a banda mais popular do Uruguai com o disco "Otra navidad en las trincheras". Hoje estão em uma situação parecida, com o disco "Raro", que já superou, também o disco de platina.
Do último disco da banda, indico, principalmente as faixas: "Nada es gratis en la vida", "Yendo a la casa de Damián", "Pobre papá", "Ya no sé qué hacer conmigo" (a melhor!)... ok! Ouça o disco todo. 

Capa do cd "Raro"


Vídeo clip da música "Nada es gratis en la vida"

Website oficial da banda: http://www.cuartetodenos.com.uy/

Preguiça

Desperte da preguiça!! São conselhos dados por meus pais pra mim há tempos. Encontramos na Bíblia várias passagens que nos alertam sobre o perigo da prostração. Se não creres em Jesus Cristo, Kant já deu esse mesmo conselho. Se não gosta do Kant também... Aaaaaaaaaaah! Vá dormir!

Pela muita preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa.
(Eclesiastes 10, 18)

Preguiça e covardia são as razões de a maior parte da humanidade, de bom grado, viver como menor durante toda a sua vida, mesmo depois de a natureza a muito tempo ter livrado-a de guias externos. Preguiça e covardia demonstram porque é tão fácil para alguns se manterem como tutores.
(Immanuel Kant, em "O que é Esclarecimento?" (1784))

Agradecimento

Sem dúvida alguma, não posso negar o amor de Deus para conosco, humanidade. No momento em que nasci já tinha, estipulado em meu histórico futuro de vida, quem seriam meus parentes. Sem poder escolher o que tivesse mais dinheiro ou o que me puxasse mais saco, nasci! Agora, quando já tomei mais consciência de quem sou e de quem são aqueles que estão do meu lado, sei o quanto tive sorte de não poder escolher 'os de sangue'. A sabedoria do Pai me deixa constrangido e feliz. Eu não poderia ter melhores pais, avós e tios, com certeza não. Não poderia ter melhores anjos!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Eu não sei o que fazer comigo

Em frente a questão "Ser ou não ser", me pergunto: "Sou ou não sou?". Encontrei uma música ("Ya no sé qué hacer conmigo" - El Cuarteto de Nos) que define, em partes, ao menos, o que sucede comigo!! Não sei bem se sou; mas isso vem depois. O que pega agora é: o que eu farei comigo?

Y oigo una voz que dice sin razón
"Vos siempre cambiando, ya no cambiás más"
y yo estoy cada vez más igual
Ya no se que hacer conmigo.

Coisa da Bravo! e Almir de Freitas

Coisa boa, quase sempre, como essa:
em: http://bravonline.abril.com.br/blog/blog_almir.shtml

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um mar quase que não pra peixe

Desde sempre fui um curioso nato, principalmente por coisas vivas. Minha paixão por bixo vem daí, eu acho. De tanto querer saber como eles viviam e tals, fui aprofundando na vontade de ter um zoológico. Sempre quis ter um zoo, até tomar consciência do sofrimento dos bixinhos trancados e desistir, em partes, dessa vontade. (Deve ser triste ficar trancado, mesmo em segurança. O bom mesmo é ser selvagem e correr atrás da comida - coisas que precisamos pra viver -)
Essa curiosidade me levou a ter uma paixão especial por peixes. Eu não conseguia imaginar como aqueles bixinhos conseguiam viver debaixo d'água. Era um mistério pra mim (até hoje o é, um pouco, já que não sei exatamente como funcionam as brânquias). E fui crescendo e tendo vontade de criar um peixe, aliás, um aquário cheio deles.
Meus pais me falavam que eu não conseguia cuidar nem de mim (acho que deva ser por conta que eu sumi uma lente de contato no segundo dia de uso ou pelo fato de eu sempre estar com um ralado, corte, ematoma) quanto mais de um peixe. É claro que eu acreditava conseguir criar um peixe...
Até que, aos 19 anos, ganhei, de uma amiga, a Mariana Peixoto, o meu primeiro peixe. Um beta, azul, novinho, o qual nomeei de Rodolfo. Ele era uma graça! Tava até ensinando-o a dar beijinho no aquário quando eu aparecia com a cara perto. Rodolfo aprendia as coisas rápido, por fim, já sabia beijar (eu acho que a boca dele já parecia de beijoqueiro mesmo, mas eu prefiro acreditar que eu conseguí ensiná-lo alguma coisa).
Um dia eu cheguei em casa (2 semanas depois de ter ganhado - aprendi que é 'ganhado' quando o sentido da palavra for "ter" e/ou "haver" - o Rodolfo) e o Rodolfo tava morto. Mortinho da silva. Aí eu botei a culpa na Yullia (que tem um post pra ela aqui), que dava comida pro bixim aos montes. Penso que ela achava que peixe come que nem gente. Doida!
Fiquei um tempo sem peixe algum até que ganhei outros. Agora eram três! 2 morreram logo no primeiro dia de estada em casa. Puta que pariiiiiiiiiiiiooooo (desculpa!), como assim?! Já? E pra piorar, meus pais estavam aqui em casa na época. Ouvia todo dia: "O que restou vai morrer. Tadinho, Allan. Solta ele"! Mas pensa comigo: Soltar onde, meu Pai? Se eu soltar um peixe desse tamanho (deve ter uns 3cm) no Meia-ponte (rio perto de casa) ele vai morrer de qualquer jeito. Ou comido, ou sufocado pela poluição. E se eu soltá-lo no vaso (como me mandaram) ele ia morrer na merda, definitivo e literalmente!
Comecei a acreditar que meu mar não era pra peixe, meeesmo. Nomeei o sobrevivente de Baleiro, por causa do show do Zeca Baleiro que eu fui no dia em que ele passou sem morrer.
Uma coisa: Baleiro está vivo até hoje. Descobri que ele gosta de massa, então o alimento todo dia com pão. E troco a água de dois em dois dias.
Falando nisso, ainda não o alimentei hoje e tem um tempo que não troco a água dele. Deixa eu ir lá, antes que... credo!

sábado, 17 de julho de 2010

Uma nota rápida sobre rodoviárias

                                                                            Pessoas esperam seus ônibus em rodoviária de Palmeirópolis, no Tocantins

As rodoviárias são como se fizessem vários edifícios COPAM pelo Brasil a fora. Os tipos de pessoas, de diferentes classes sociais e lugares. Uma vez estava indo pra Eunápolis - BA de São Paulo, e passamos numa cidadezinha que não me lembro o nome. Tinha uma pedra enorme (mas gigante mesmo) assim de longe e não paramos numa rodoviária propriamente dita. Era uma rua de terra vermelha (muito vermelha!), um restaurante bem baiano (mas bem baiano mesmo!), das paredes feitas de táboas e a visão em frente ao dito restaurante era um pasto (acho que tinham até algumas vacas). Voltando à comparação com o projeto arquitetônico assinado por Niemeyer: tinham de gringo a goiano (eu) naquela restauviária. Eu sei que os meus argumentos não são tão convincentes (na comparação do COPAM com rodoviárias), mas isso se explica por eu nunca ter ido ao edifício.
Meu avô tinha uma fazenda no meio das serras sulinas do Tocantins (Não tem tanto glamour e nem nada demais nessas serras, fora a visão estonteante, um vento na cara e esse nome inventado que eu dei. Mas era bonito, bonito mesmo). A gente ia, subindo e descendo serra (a cavalo ou a pé que não tinha estrada para carros como Fiats Uno) até que chegávamos numa rodoviária, no meio do mato. Um dia eu falo sobre aquela rodoviária, afinal ela merece um post só para ela e quando eu escrever entenderão o porquê.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

"Você está proibido de ser miserável"*

                                                                                Foto retirada do site http://tinyurl.com/27fwrkr

Hoje estive lendo uma matéria na Carta Capital sobre o tratamento que moradores de rua estão tendo em alguns bairros de, principalmente, São Paulo.
Gentrificação e "higienização" são termos utilizados na matéria e dizem respeito a tais situações. Medidas públicas que são tomadas para a 'eliminação' de moradores de rua em certas regiões de grandes cidades. A vontade de 'limpeza' desses bairros para que se tornem mais valorizados.
Quando estive em São Paulo para a Virada Cultural 2010 fiquei espantado com o número de moradores de rua, que, ou por coincidência ou por força maior, se instalaram em massa na Rua Gusmões, próxima à Av. São João (no núcleo do evento). Fiquei instalado em um hotel ali naquela rua e, era constrangedor observar a situação daquelas pessoas. Misturados a turistas e "com-tetos", os que viviam na rua tinham uma relação entre si ativa e pareciam realmente almas penadas (que assustam).
De pessoas loucas, famintas, drogadas a gente simples e bem humorada se via ali. Triste! Muito triste ter que passar por lá e perceber o descaso em que estão sujeitos.
Queria ter uma máquina fotográfica em mãos para mostrar o que não sai da minha cabeça até hoje: a imagem de um menino de, aproximadamente 10 anos, lavando o rosto, logo pela manhã em uma poça de água de esgoto. A água tinha um mal cheiro terrível que eu sentia do outro lado da rua.

* Marcel Bursztyn, na matéria da Revista Carta Capital**
** O link da matéria "Uma coligação higienista - Índio da Costa, a lei antiesmola e a restrição a mendigos em São Paulo ", por Cynara Menezes: http://tinyurl.com/3a2e7bj

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Juca indica

                                                                                                                                        Foto retirada do site da banda

A banda estadunidense Dashboard Confessional é liderada pelo compositor e guitarrista Chris Carrabba. Integrada por Carrabba, John Lefler, Scott Shoenbeck e Mike Marsh, D.C. já conquistou prêmios e fãs around the world
Você ouviu alguma coisa deles se assitiu filmes como Shrek 2 e Homem-Aranha 2, por exemplo!
Fica aí a dica...



terça-feira, 13 de julho de 2010

Quando fui viajar de avião pela primeira vez


Diário pré-viagem: alguns conselhos e coisas importantes a serem lembradas
Penso que isso deve acontecer com todas as pessoas que vão viajar pela primeira vez de avião, de classe média muito baixa aos ricos: ficar imaginando como serão as aeromoças, a comida, a visão lá de cima, os aeroportos, os acentos, que nos ônibus são dois pares separados por um corredor e no avião (descobri quando fui comprar as passagens) são dois trios separados por um corredor. Na verdade eu já havia visto em filmes essa disposição, mas vai saber se é verdade mesmo né!?
Desde pequeno eu tinha vontade de viajar de avião, mas sabia que isso demoraria pelo menos uns 18 anos (como está acontecendo). Meus pais não tinham grana pra ficarmos nesse luxo de avião pra cá, pra lá. Era no busão mesmo. Um dia e meio de viagem pra andar 700 quilômetros. Não estou reclamando, eu até gosto de conhecer rodoviárias.
Algumas coisas faziam com que eu não tenha andado de avião antes dos 18 anos: em Palmeirópolis (cidade de 10 mil habitantes localizada no sul do Tocantins que eu passava férias. Todas férias!) não tinha aeroporto (e continua não tendo) e minha mãe arrepia só de pensar que há a possibilidade de ela andar de avião, mesmo morta. Isso tudo fora a principal questão: eu não sou rico. E eu até mereço – e agradeço – não ser rico. Eu não nasci pra ser rico. Uma consideração que prova isso: eu não durmo na minha cama box de casal - ela é fria e grande demais -.
Quando meu pai foi transferido de Brasília para Miracema no Tocantins, a empresa pagaria nossas passagens de avião (Bsb até Palmas). Uhul né!? Uma chance bacana, afinal deve dar umas 3 horas de viagem. Rrum, minha mãe arrumou tanta desculpa que por fim eu fiquei convencido de que a experiência de voar seria pior que andar 400 horas de ônibus (não dava isso tudo não, mas convenhamos que a sensação “temporal” é de bem isso mesmo).
Quando eu fosse andar de avião pela primeira vez queria ir, pelo menos, do Rio Grande do Sul ao Acre, em classe executiva, direto, pra poder aproveitar o avião. Agora vou de Brasília pra São Luís, com escala em Marabá e conexão em Belém (em classe econômica). São 5 horas de vôo, mais ou menos, e umas 6 só de espera (risos quase desesperados). Mas tudo bem, vou poder conhecer o aeroporto de Belém de madrugada (2 da manhã). Uai, quase ninguém tem esse privilégio.
Sobre as malas: eu sempre gostei de ser prevenido em relação ao que levar pra viagens. Não levo 200 malas como minha irmã, mas acho que todo mundo merece levar uma mala com mais de 23 kg sem pagar por bagagem extra quando se ultrapassa esse peso. Mas é legal que isso tá me fazendo reduzir o peso da bolsa, que, diga-se de passagem, já é pesada mesmo vazia. E o medo de não reconhecer minha mala e pegar a mala errada? Essa noite eu sonhei que fui pegar minha mala na esteira (que a gente vê em filmes) e escorreguei, caí na esteira, fui preso... Impressionante que quando a gente fica muito ansioso pra fazer alguma coisa a gente paga tanto mico em sonho que Deus me livre.
Eu estava conversando (sobre a viagem é claro) com um amigo do vôlei e ele disse: “Você vai de avião grande ou pequeno?”, daí eu disse que imaginava que seria grande pela lonjura do trajeto. Ele falou que era mais legal por causa das turbulências (eu nem quis saber o que ele falou depois). Conselho #1: Quando você conversar com uma pessoa que nunca andou de avião, pelo amor de Cristo, não toque em assunto de acidente de Air France; de Gol com Legacy ou turbulências. Mas se esse papo for inevitável, por favor, relembre da menina de 14 anos que sobreviveu à queda daquele Boeing no Oceano Índico.
Vacinas: Eu viajaria na quarta, quando no domingo anterior meu pai me perguntou se eu já tinha me vacinado. Cara, vacinado contra o que? Sei lá uai, e até hoje eu não sei. Ah, só porque eu estou indo pra um lugar que tem casos (vários casos) de malária e febre amarela e que acabou de sofrer enchentes (que contribuem para a propagação de doenças)? E eu fiquei preocupado principalmente por causa da gripe suína (que recebeu o nome, o complicado e bonito nome de Influenza A (H1N1). É importante ressaltar que o “H1N1” é escrito entre parênteses), afinal a vacina dela está prevista para dezembro, ainda. Na verdade eu deveria me preocupar com a malária que nem tem vacina. Conselho #2: Antes de perguntar para uma pessoa que vai viajar se ela tem todas as vacinas, procure saber antes se ela conseguirá se vacinar até a data da viagem. Se não, deixe que ela viaje sem o peso na consciência de que poderá voltar doente, se voltar.
Espero que as coisas que eu penso automaticamente não sejam tão influenciáveis. Numa das horas de escovar os dentes eu tive um pensamento, desses abruptos. Pensei no avião subindo e eu segurando os dois braços da poltrona e de uma vez soltando um grito, tipo daqueles de montanha russa, sabe!? Aném, ia ser mico demais!
Não é que eu esteja querendo ser um segundo Shakespeare, mas o que eu escreverei a seguir é pura verdade: não pense que tudo que lerá sobre viagens de avião te ajudará ou que você se lembrará de tudo na hora que, principalmente, estiver arrumando as malas. Ou pense que sim, não siga o meu conselho de ignorar essa possibilidade e seja feliz. É que eu tenho a dificuldade, a real dificuldade, de fazer as coisas todas certas. Não sei, mas algo tem que dar errado. E eu nem preciso dizer que eu prefiro que algo dê errado, nunca as coisas deram tudo certo.
Boa viagem!!! (Esse desejo vale pra mim também. É um desejo próprio, de mim pra eu mesmo).

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Viver é um terror

O terror é uma mesclagem dos sentimentos de perda e ganho sem certeza. Quando não sabe se vai ganhar e corre o risco de perder, chega o terror.
Viver é estar numa linha tênue, sempre correndo esses dois riscos. Viver é um constante terror. Contudo, faz-se presente a necessidade de se aterrorizar sempre, pra sair do lugar. Acaba que tudo se torna deliciosamente aterrorizante!