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sábado, 29 de março de 2014

Família de axé

A gente olha pro lado e se encontra nos olhares dos outros,
nos abraços dos outros,
nos sorrisos que os outros dão
só de ver o outro.
A família de axé,
de zambelê.
A crença às vezes não é a mesma,
a fé é!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Coisa doida

Cara, que coisa doida.
Frio na barriga é doido demais.
Cabeça doida é frio demais.
Cabeça demais é quente.
Abraço demais é doido.
Doido é abraçar demais.
Doido é ser doido demais.
Frio é não ser doido
ou ser e não manter doido.
Ai ai.

Doido é suspiro.
Doido é grito.
Doido sim. Doído não.

quarta-feira, 19 de março de 2014

A máquina

Mariô.
Nus sonhu du trem
Acontece que ninguém
Tem coráge de falá
Acha jeito de pará
A máquina.
Carona na coisa
Se não a coisa mia.
Bota pra fudê!

terça-feira, 18 de março de 2014

Sonho de cor

Essa noite estive no Afeganistão.
Fazendo o quê?
Sei não.
Tinha dois amigos afegãos,
a irmã de um pai
e as famílias.
Uma paisagem lindíssima
e uma câmera na minha mão.
Acordei sem guardar imagem
além das montanhas,
do pôr do sol
e da vontade.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Estreia no nome

Engraçado demais.
Quando cheguei aqui, esperava coisas. Foi do jeito que esperei. São etapas que eu sabia que exisistiam, mas nem preocupei com quais seriam. Estados não são permanentes e me enxergar nunca foi tão gostoso. Esperava conseguir respeitar e tenho conseguido.
Existem os caminhos. E em sua pluralide, abrem-se.
Desejo o aberto. Quero estar aberto naquele palco. E a insegurança não ajuda. Fingir que tá tudo bem até agora deu certo. Amanhã, quando acordar, depois dos agradecimentos, serei mais ator, por ter tido a oportunidade de estrear no nome da cidade. Goiânia, o teatro.
Merdaaaa!!!