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domingo, 27 de dezembro de 2009

Coisas de final de ano

O melhor é que a gente sempre espera um ano realmente novo, com coisas novas e uma vida melhor. Alguns apagam os vídeos do orkut, pra colocar novos. Outros fazem isso com todas as fotos. E mais alguns apagam as fotos e os vídeos, mudam a frase de exibição... como se isso fosse lhes proporcionar uma vida nova no ano que está chegando. Mas quem pode falar que não? Eu acredito que qualquer coisa que se mude, na vida virtual, que seja, está sujeito a transformações futuras... e o ano que está por vir é sempre um futuro.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Ano Novo

Esperança
"Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA..." (Mário Quintana)

Eu desejo, de verdade, que a menininha dos olhos verdes continue pulando e experimentando esse delicioso vôo. E que ela ignore a rotina que isso represente. Voe menininha, voe!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Acontecido!

Dizem que tem que saber falar, escrever, comunicar. E quem diz isso o faz tão bem, que todo mundo acredita. E deixa de falar porque tá errado e deixa de escrever porque tá mais errado ainda. Eu acredito no fato vivivo, nem falado, nem escrito. Nesse não tem como dar pitaco, porque ele é acontecido!

domingo, 20 de dezembro de 2009

"Las cosas que nunca existieron"



"Hay un mundo
A la vuelta de la esquina de tu mente,
Donde la realidad es un intruso
Y los sueños se hacen realidad…
…Puedes escaparte a él a voluntad.
No necesitas contraseña secreta,
Varita mágica ni lámpara de Aladino;
Sólo hace falta imaginación y curiosidad por…
…LAS COSAS QUE NUNCA EXISTIERON."

*en libro "La Enciclopedia de las Cosas que Nunca Existieron" - Michael Page y Robert Ingpen

As coisas que eu nunca escrevi...

Existem coisas que eu queria escrever, mas não o fiz e outras pessoas sim. Então, aviso: o que eu postar aqui e não for de minha autoria, é meu assim mesmo, só não foi eu quem escreveu.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

SER HOMEM

Existir é uma forma natural de relação. Se o homem existe, ele já se relaciona, sem que mesmo tenha consciência disso. Mas devia ser questionado, ou se questionar: o porquê da relação. E não ignorar esse contato com outros seres. Se o fizesse, talvez contribuísse mais que meio caminho no processo de se tornar humano.
Viver como se a vida fosse um reality show, obedecendo às regras, sobrevivendo a pressões sociais e criando máscaras para aguentá-las, torna o homem e a mulher sem consciência elaborada. Vê-se alguns que saem dessa vida sem ter noção do que é ser humano por excelência; tendo como base o que diz Fernando Savater sobre o ser-humano: “Nós humanos nascemos já o sendo, mas só depois o somos totalmente... É preciso nascer para humano, mas só chegamos a sê-lo plenamente quando os outros nos contagiam com sua humanidade deliberadamente e com nossa cumplicidade.” Humanidade e cumplicidade: problemas de gente. Ser humano é difícil, até porque ser amigo, cúmplice parece ser mais!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

QUANDO SE GANHA DOANDO-SE

"Tornar um amor real é expulsá-lo de você pra que ele possa ser de alguém”. Nando Reis*
Dom Hélder Câmara escreveu: “Quando dou comida aos pobres me chamam de santo. Quando pergunto por que são pobres me chamam de comunista”. Ao ler essa afirmação, irônica e verdadeira, comecei a refletir sobre o real valor da doação. Existe a doação material, onde, na frase, identificamos no doar a comida. Mas também vivenciamos (muito pouco) a doação corpo-espiritual, que considero aquela, onde Dom Hélder se refere ao perguntar sobre a desvalorização da espécie humana. Porque a negação e o ataque que recebem as pessoas que questionam o poder de uns e de outros são grandes.
O que é doar-se?
É se entregar ao próximo. Fazer do estilo de vida dele o seu, a vida dele a sua, os problemas dele os seus. É deixar-se completar pelo outro, oferecendo-se assim para completá-lo. Casado, solteiro, ou de qualquer maneira de vida, estamos convidados a dividir-nos.
Essa doação que me refiro aqui não é aquela que parte do comodismo familiar (que não deixa de ser complicado). Mas sim se fazer positivamente presente – e deixar que se façam presentes – na vida de toda e qualquer pessoa.
Quando se assume os problemas do outro, tentamos nos unir para solucioná-lo. E o necessário é rever a relação de problema. Precisa-se haver respeito de ambas as partes, por que se considerarmos que “cada ser humano é um mundo”, há terras distintas entre um e outro. Acredito no que uma professora da 4ª série falava: “minha liberdade termina onde a do outro começa”. Reconhecer esses limites nos permite uma relação respeitosa e de doação com as outras pessoas.
Como é difícil! Só que devemos acreditar na reciprocidade do ato doar. Ou seja, se eu me doo, a outra pessoa consequentemente, se abriu para receber, doou-se, mesmo que um pouco. Mas acreditemos que seja o seu máximo, e que não seremos mais os mesmos depois desse pouco que recebemos.
A doação é parte integrante do processo da conquista humana da “Civilização do Amor”.

"Amor que exige amor,
Amor com dosagem,
Com cálculo,
Com restrições,
Poder ser tudo
- menos amor!" Dom Hélder Câmara**

*Música: Quem vai dizer tchau?
** Um olhar sobre a cidade, 2ª Ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1997.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

MISSÃO


Pena que não consigo descrever
as sensações que tive,
as emoções que passei,
o calor que senti nem a areia que pisei
naquela terra de Jesus ressuscitado,
mas de um povo crucificado.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Juca indica - "Into the Wild"


Assistir o filme “Into the Wild” pela segunda vez não é nada cansativo. Acho que nem pela terceira, décima quarta. Sempre tem algo novo, diferente para se ver nele. As relações pessoais, a relação nossa conosco mesmo, com nosso corpo e mente, juntos ou separados são temas que se há nele o que aprender.
Acho massa ter-se 23 anos, curso superior e coragem para viajar sem destino. A única coisa que aquele cara fez de errado foi se esconder diante do medo. Realmente é muito fácil ver que tem algo errado dentro de casa, na rua, em tudo e tentar fugir. Vendo de fora, penso que ele teria ajudado muito mais gente a reconhecer a ambição desenfreada, se ele continuasse na cidade, conversando com essas pessoas. Procurasse um modo de relação com as pessoas onde se despertasse nelas o indivíduo que cada um é.
É claro que é difícil conviver com pessoas que pensam diferente de você, mas é preciso também termos noção de compaixão para com o outro. Ninguém passa a acreditar em algo do nada, tipo: “nossa, hoje eu vou acreditar que aquela folha de mangueira é um deus supremo e poderoso que solta leite” . A única coisa de se acreditar assim, do nada, é o “soltar leite”.
Tudo vem de um processo da vida, onde a gente vem aprendendo coisas, descartando algumas e acreditando em outras. Até chegarmos num ponto de acreditar em algo temos muita coisa para viver. É difícil deixar de acreditar em algo, principalmente quando alguém te propõe. O ser humano é orgulhoso, mas se percebermos as qualidades que cada um tem, se nos abrirmos para vê-las, seríamos mais otimistas e passaríamos a acreditar mais na nossa espécie. Como o aprendizado é um processo, o rever as coisas de outra maneira também.
Nossa, isso aqui virou quase um texto de auto-ajuda. Voltemos ao filme, ao personagem principal: ele não deveria ter se dado por vencido pela forma de pensar na sociedade. Se ele tivesse acreditado no poder que ele tem de mudar situações talvez tivesse tentado mais um pouco.
O filme é muito bom. Trilha sonora inteira do carinha lá do Pearl Jam (Eddie Veder) - FANTÁSTICA-.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

CREPUSCULANDO



Bem produzido, uma fotografia espetacular, trilha sonora fantástica (que inclui “Decode” de Paramore) e uma história de arrancar arrepios até no gatinho do Shrek. Um filme para se assistir sozinho.
Talvez seja melhor primeiro ler a obra, ou então descobrir que o tem em seu computador, começar a ver e... Não conseguir parar mais.
Simplesmente um dos melhores filmes que já vi. Um romance muito diferente, até sem contar que ele é vampiro e ela “cara pálida”.
Os dois se beijam somente duas vezes no filme inteiro, que tem duas horas de duração. É fantástico isso!
Me leva a pensar na relação que as pessoas tem hoje em dia. Tudo bem que é difícil levar tão a sério essa história de castidade, já que o personagem principal do filme é um vampiro (que tem uma cara mais pálida que dos “caras pálida”, diga-se de passagem). Mas percebamos em “Crepúsculo”: o amor dos dois é enorme, incondicional quase. Só que Bella Swan (Kristen Stewart) não beija, e muito menos faz sexo com Edward Cullen (Robert Pattinson), o que não impede que eles tenham um relacionamento intenso e leal. Isso acontece com as pessoas que reconhecem o verdadeiro amor, que descobrem onde esse sentimento realmente está. É completamente aceitável que uma pessoa sinta-se bem suprido com outro amigo. Penso que o sexo e o beijo (na boca) não sejam tão importantes como um abraço fraterno, carinhoso. As pessoas pensam que o sexo é fundamental em uma relação porque não se abraçam. Aqueles casais que descobriram formas de carinho diferentes do “abrir as pernas” não as trocam pela cópula.
Não é ser puritano demais. Isso é uma questão de percepção nas outras pessoas, ver que elas tem mais a nos oferecer que um corpo interessante e/ou uma boa performance na cama, sofá ou seja lá onde se costumam transar.
Agora eu quero ler e ver “Lua Nova”. Esperemos!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

PRIMEIRA ENTREVISTA DE EMPREGO

Minha primeira entrevista de emprego foi inevitável, assim como o sentimento de expectativa antes dela. Já havia conversado com a minha provável futura chefe. Mas é daquele jeito, a gente ouve uma voz doce, mas quando se imagina o rosto é um urso, igual ao “sogro” numa das propagandas do Master-Card. O pior de tudo é o fato de eu nem estudar na área que eu iria trabalhar. (Por isso que eu falo, é preciso ser mais que corajoso pra fazer Teatro, principalmente curso superior. Artistas no Brasil precisam ser super-heróis, daqueles que não tem fome, nem sede e poder de ser invisível, afinal quase não se veste com o que normalmente se ganha).
Foi legal porque as minhas (ex) futuras patroas eram legais, bem diretas e sinceras. Tem-se gente que se assusta com patrões assim, acho que eu quero que os meus sempre tenham essas características. Quanto mais direta ele for, mais coisa você vai aprender, e mais rápido. Penso eu trabalhando com o Dr. House. Tá é doido! Eu precisaria de um mês para decifrar cada charada.
Esse emprego não deu certo por causa dos horários, dos meus. Tudo bem, agora eu sei como é uma entrevista de emprego e espero ter pelo menos mais umas 10 até o final da minha carreira de trabalho (eu quero me aposentar, é claro que eu quero me aposentar, por isso comento do final da carreira).
Se você nunca foi entrevistado para um emprego, vai na fé meu irmão, não é a coisa mais impressionante que você já viveu ou vai viver, mas saiba que pode ser umas das mais importantes. E aquela frasezinha famosa que ouvimos em todos filmes, séries e novelas, dá certo! (“Não, mas tenho vontade de aprender”).

domingo, 9 de agosto de 2009

O [PAI] CAÇADOR DE PIPAS

Meu pai é o melhor pai do mundo. Desde pequeno eu ouço que ninguém é perfeito, então sei que ele também não é. Sei lá viu!? Já ouvi falar em super-herói, mas nunca vi nenhum tão poderoso quanto meu pai. Não tenho nenhum ótimo perfeito relacionamento com ele, mas não é dos piores. Tudo bem que o Sr. Pedro quer que eu faça Direito, e eu faço Teatro; que ele quer que eu termine a faculdade, e eu quero ir para o seminário, ser missionário. São pequenas diferenças que fazem com que discutamos de vez em quando, mas que não diminuem meu amor por ele. Aliás, só aumentam.
Eu descobri que eu tenho mais do meu pai do que eu imaginava. A teimosia, o impulso, a consciência de que somos assim mesmo. Tomara que quando eu fizer minhas próximas próprias escolhas ele não seja inflexível.
Tem as coisas negativas também, mas hoje é o dia dele uai. Não compensa ficar escrevendo como eu queria que ele fosse, afinal, não me atrapalha muito o jeito dele. Na verdade, quando ele vai contra o que eu penso, sempre me faz ter certeza daquilo que eu quero e acredito.
Uma história inesquecível: Quando morávamos em Brasília, eu queria soltar pipa, mas não tinha uma. A que eu tinha ganhado já estava só os pedaços. Então, num dia à tarde, meu pai chegou no prédio de terno e gravata. Eu brincando lá em baixo, quando uma pipa veio caindo, e de repente, ele saiu correndo atrás dela. Foi um episódio engraçado, aquele cara com jeito de executivo, roupa de executivo e pasta de executivo, correndo atrás de uma pipa pro filho. PS.: Eu nem precisei pedir pra que ele fizesse isso pra mim. Meus amigos ficaram todos comentando, do pai do Allan, todo engravatado correndo pra pegar uma pipa pra ele.
Meu pai é o máximo!