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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Do trombo pro trisco

Do trombo pro trisco.
Trisco, de triscada.
Trombo, de trombada.
O solavanco não há de acontecer,
a energia vital
concentrada em seu lugar.
Vibrará, forte, por sinal,
mas não atravancado,
a sorte há de ser
outro dia,
companheira inseparável.
Há de vir e há de ser.

domingo, 28 de dezembro de 2014

2014

Depois de vários coices
e prova dos latões,
o ano do cavalo
vai diminuindo o passo
num galope maroto
com brisinha de verão.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

cigá

el          
cig          
á          
fa
l
ac
o
n


pano velho. muito pano. muito velhos. mas coloridos, felizes. pele escura, combinativa com os cobres, com as pratas queimadas e com as moedas. cabelo negro, olhos negros, viola negra.
sinto em mim o calor da areia, o roçar do tecido, o amor mal vivido de quem viveu em muitos cantos e morreu na barreira. não faz mal, tem muita estrada pra percorrer ainda, muita estrela pra guiar.
fala o cigano que me guarda.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Natal

No Natal,
que antes o menino comemorava com todas as fés reunidas,
 ele ficou sozinho,
por escolha própria,
e percebeu que suas fés não estavam separadas,
mas mais unidas que antes.
Cristo nasceu gordo como Buda
e numa manjedoura do fogo de Xangô.
Na paz, de Krishna.
E nesse caminho,
deixa de ser um para ser poli-menino.