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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Revolução do silêncio

Só sei que está tudo meio esbranquiçado. Algumas bênçãos tampadas pelos socos e tiros dados a torto e a direita. Só sei que está todo mundo confuso, colocando a culpa em agosto, em outros gostos. Estamos todos, num movimento aparentemente infinito, de nos certificar que nossa voz, gritada, há de sobressair por aí. Estamos também tão falantes quanto confusos. Se calar não é opção, por medo de parecer ficar em cima do muro. Mas o silêncio, esse sim há de nos mostrar caminhos coletivos. Os gritos nos unem em facções nem um pouco igualitárias. Revolução também se faz com o olhar, em silêncio.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Parar. Quando devemos parar? Quando deixa as coisas irem de acordo com o jeito que elas querem? As coisas tem vontade própria ou destino é uma construção? Tentando entender o formato das coisas.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Coisas para se despedir

Quando se pretende desconstruir uma ação não aprovada pelo coração, deve-se repetir o mantra da despedida. Mantra enquanto desejo, permite, a partir de um infinito esforço, que tudo vá embora. Reflete-se até a próxima esquina, até a próxima música ou até a próxima transa. Depois estima-se os restos, deixando fluir.
Despedir pode ser sempre doloroso. Pessoas se definham a cada adeus dito ou não dito. Outras se divertem e até procuram situações que as façam ir ou que façam com que coisas vão. E são essas que me ganham, que me fazem reconhecer em mim. Sou despedida, adeus. Entregue a Deus sempre quero ir.