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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um mar quase que não pra peixe

Desde sempre fui um curioso nato, principalmente por coisas vivas. Minha paixão por bixo vem daí, eu acho. De tanto querer saber como eles viviam e tals, fui aprofundando na vontade de ter um zoológico. Sempre quis ter um zoo, até tomar consciência do sofrimento dos bixinhos trancados e desistir, em partes, dessa vontade. (Deve ser triste ficar trancado, mesmo em segurança. O bom mesmo é ser selvagem e correr atrás da comida - coisas que precisamos pra viver -)
Essa curiosidade me levou a ter uma paixão especial por peixes. Eu não conseguia imaginar como aqueles bixinhos conseguiam viver debaixo d'água. Era um mistério pra mim (até hoje o é, um pouco, já que não sei exatamente como funcionam as brânquias). E fui crescendo e tendo vontade de criar um peixe, aliás, um aquário cheio deles.
Meus pais me falavam que eu não conseguia cuidar nem de mim (acho que deva ser por conta que eu sumi uma lente de contato no segundo dia de uso ou pelo fato de eu sempre estar com um ralado, corte, ematoma) quanto mais de um peixe. É claro que eu acreditava conseguir criar um peixe...
Até que, aos 19 anos, ganhei, de uma amiga, a Mariana Peixoto, o meu primeiro peixe. Um beta, azul, novinho, o qual nomeei de Rodolfo. Ele era uma graça! Tava até ensinando-o a dar beijinho no aquário quando eu aparecia com a cara perto. Rodolfo aprendia as coisas rápido, por fim, já sabia beijar (eu acho que a boca dele já parecia de beijoqueiro mesmo, mas eu prefiro acreditar que eu conseguí ensiná-lo alguma coisa).
Um dia eu cheguei em casa (2 semanas depois de ter ganhado - aprendi que é 'ganhado' quando o sentido da palavra for "ter" e/ou "haver" - o Rodolfo) e o Rodolfo tava morto. Mortinho da silva. Aí eu botei a culpa na Yullia (que tem um post pra ela aqui), que dava comida pro bixim aos montes. Penso que ela achava que peixe come que nem gente. Doida!
Fiquei um tempo sem peixe algum até que ganhei outros. Agora eram três! 2 morreram logo no primeiro dia de estada em casa. Puta que pariiiiiiiiiiiiooooo (desculpa!), como assim?! Já? E pra piorar, meus pais estavam aqui em casa na época. Ouvia todo dia: "O que restou vai morrer. Tadinho, Allan. Solta ele"! Mas pensa comigo: Soltar onde, meu Pai? Se eu soltar um peixe desse tamanho (deve ter uns 3cm) no Meia-ponte (rio perto de casa) ele vai morrer de qualquer jeito. Ou comido, ou sufocado pela poluição. E se eu soltá-lo no vaso (como me mandaram) ele ia morrer na merda, definitivo e literalmente!
Comecei a acreditar que meu mar não era pra peixe, meeesmo. Nomeei o sobrevivente de Baleiro, por causa do show do Zeca Baleiro que eu fui no dia em que ele passou sem morrer.
Uma coisa: Baleiro está vivo até hoje. Descobri que ele gosta de massa, então o alimento todo dia com pão. E troco a água de dois em dois dias.
Falando nisso, ainda não o alimentei hoje e tem um tempo que não troco a água dele. Deixa eu ir lá, antes que... credo!

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