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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ana e o Medo

Medo. O medo aflora os desejos mais profundos de Ana. Ela tem se queixado da situação que se colocara, em sua vida. Pobre Ana, que não conhece o mundo exterior. Mas o mundo exterior não existe mesmo, é uma divagação das pessoas que acham que cada pessoa é um mundo. E o mundo exterior, nessa última situação, seria o que? O resultado de todos os mundinhos? Daí já se deixou de ser exterior, uma vez que meu mundinho forma esse mundão, de Deus. Ana tem toda razão em se perder. E todo direito também.
Esses tempos, Ana se deu o luxo de pensar sobre seu passado, de procurar uma ligação com seus ancestrais. E descobriu que mesmo que tente, não conseguirá se ver externalizada à sua hereditariedade. Isso é uma questão de genética, está imprgnado e não adianta fugir.
Ana precisa devolver as pedras de seu passado ao rio de onde elas foram retiradas. Ana tem a obrigação de se devolver às águas do passado. E quando o fizer, com certeza, se banhará de imagens antigas, presentes e futuras. Só se concebe um futuro bem intencionado quando se inteciona positivamente seu passado. Isso não é só ser museu, afinal, na contemporaneidade, o passado se contrapõe com o presente e juntos, resenham o que está por vir, que de tão entregue ao destino se perde e logo se encontra na hora, no lugar e na intensidade certos.

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