Páginas

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Sermos adultos

Estamos muito longe de sermos perfeitos um pro outro
E a chegada está cada vem mais longe.
A caminhada está na marcha ré!
Alguém mecheu no câmbio nalguma parte do caminho
E a gente tava olhando pralgum lugar que não pra frente.

Acredito que estávamos olhando um nos olhos do outro.
O volante no automático ajudava.
A estrada é reta, foi sem acidentes. 
Alguns sustos, mas sem acidentes.

Medo de continuar nesse carro e não conseguirmos mudar de direção.
Até o dia em que estivermos tão velhos e cansados, 
Que o câmbio não muda de marcha,
E as pernas não suportam mais voltar a pé.

Vou a pé, jogando as pernas no movimento do capim 
Até pegar a carona certa,
Que vai pro caminho certo,
Que vai pro final certo, se é que há.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

De Pedras e Caminhos

Tem épocas na vida da gente que o destino quer nos mostrar/lembrar que no fim somos só nós conosco mesmos. E isso não é para que fiquemos magoados ou tristes, mas é um momento de passagem, onde aprendemos a viver só. Até que um dia, vem o destino de novo e brinca com a nossa cara: coloca pessoa ou pessoas na nossa vida que olhamos e pensamos nunca vivermos sem elas. 
O nome disso é vida! Uma contradição de fatos. E no final... quem sabe do final?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"Quando estou com você
Sinto meu mundo acabar,
perco o chão sob os meus pés
Me falta o ar pra respirar
E só de pensar em te perder por um segundo,
Eu sei que isso é o fim do mundo"

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Uma semana depois

Eu ficava pensando no pra sempre mas confesso que, de vez em quando, ficava tentando prever o que seria mais difícil quando aquilo tudo acabasse. E uma semana depois já diminuí os cigarros, voltei a fazer exercícios físicos, a correr, a estudar. Já consigo pegar um livro e ler sem muitas dificuldades como antes, época em que qualquer "dê" que eu lesse me lembrava de você. Já consigo acessar a internet e não falar contigo, resistindo, mesmo a vontade sendo muita. Já consegui até beijar outra pessoa e não foi a coisa mais difícil do mundo. Mas foi difícil. 
No entanto, do que mais reclamo em pensamento é dessa solidão na hora de dormir e não te ter pra me desejar boa noite, não te ter pra sonhar comigo e relutar quando sonho contigo. Abraçar o travesseiro, que antes eu imaginava você, agora já não posso mais. Não é que não posso, mas não devo. Não devo prolongar o sofrimento, manter a cara amarrada, virar vilão nem mocinho. Então eu olho pro travesseiro, deixo ele olhar pra mim e o abraço ainda de olhos abertos, tendo a certeza de que é só um travesseiro que, por sorte, não guarda seu cheiro. 
Quero confessar também que, depois dessa semana, ainda sinto saudade. Sabe aquela saudade das coisinhas pequenas e do que eu mais acreditava em nós? Pois é, é essa mesmo. Mas estou conseguindo conversar com as pessoas, dormir bem, comer bem. Estou conseguindo ficar bem e isso já é um ganho. Já me poupa várias energias. Não é que seja fácil, mas é melhor.
Mas o que mais me assusta é essa esperança. Essa fé, essa coragem, essa vontade de continuar do jeito que eu sou, sabe? Ainda espero o grande amor, acredita? Uma coisa é certa: eu sempre acredito nos meus amores como para sempre! Se esse pra sempre acabou é porquê não era pra ser pra sempre. E quando for, ah mas eu quero estar preparadão. Vou pra porta da rua, ficar na varanda esperando chegar. Porque um dia vai chegar!