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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Uma semana depois

Eu ficava pensando no pra sempre mas confesso que, de vez em quando, ficava tentando prever o que seria mais difícil quando aquilo tudo acabasse. E uma semana depois já diminuí os cigarros, voltei a fazer exercícios físicos, a correr, a estudar. Já consigo pegar um livro e ler sem muitas dificuldades como antes, época em que qualquer "dê" que eu lesse me lembrava de você. Já consigo acessar a internet e não falar contigo, resistindo, mesmo a vontade sendo muita. Já consegui até beijar outra pessoa e não foi a coisa mais difícil do mundo. Mas foi difícil. 
No entanto, do que mais reclamo em pensamento é dessa solidão na hora de dormir e não te ter pra me desejar boa noite, não te ter pra sonhar comigo e relutar quando sonho contigo. Abraçar o travesseiro, que antes eu imaginava você, agora já não posso mais. Não é que não posso, mas não devo. Não devo prolongar o sofrimento, manter a cara amarrada, virar vilão nem mocinho. Então eu olho pro travesseiro, deixo ele olhar pra mim e o abraço ainda de olhos abertos, tendo a certeza de que é só um travesseiro que, por sorte, não guarda seu cheiro. 
Quero confessar também que, depois dessa semana, ainda sinto saudade. Sabe aquela saudade das coisinhas pequenas e do que eu mais acreditava em nós? Pois é, é essa mesmo. Mas estou conseguindo conversar com as pessoas, dormir bem, comer bem. Estou conseguindo ficar bem e isso já é um ganho. Já me poupa várias energias. Não é que seja fácil, mas é melhor.
Mas o que mais me assusta é essa esperança. Essa fé, essa coragem, essa vontade de continuar do jeito que eu sou, sabe? Ainda espero o grande amor, acredita? Uma coisa é certa: eu sempre acredito nos meus amores como para sempre! Se esse pra sempre acabou é porquê não era pra ser pra sempre. E quando for, ah mas eu quero estar preparadão. Vou pra porta da rua, ficar na varanda esperando chegar. Porque um dia vai chegar!

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