Pane. A informações se tornaram subconscientes.
Os pensamentos objetivos não me vêm à tona, formam um surto, um
caos. Não consigo escrever. A galinha ainda dança. A galinha não
pode parar. Numa mesa, sentamos eu e meus pensamentos, frente à luz
do monitor do computador, lado a lado com a luz natural que vem da
janela principal do pensamento. O encanamento está entupido. Volto
três casas e os dados rolam abaixo de zero. O cheiro da chuva me
remete a lugares que até agora não pude ir. Preciso manter os pés
no chão, mas como o fazer se minha cabeça está no céu, sem carta
aérea e sem vontade de tê-las? O som continua. A música não pode
parar. Duas cadeiras separadas, forçosamente separadas. Uma crítica
expressionista. Dali me acompanha nesta realidade. Quadrados se
derretendo. Calma. Aparentemente tudo voltando ao seu lugar de
origem.