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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Pane


Pane. A informações se tornaram subconscientes. Os pensamentos objetivos não me vêm à tona, formam um surto, um caos. Não consigo escrever. A galinha ainda dança. A galinha não pode parar. Numa mesa, sentamos eu e meus pensamentos, frente à luz do monitor do computador, lado a lado com a luz natural que vem da janela principal do pensamento. O encanamento está entupido. Volto três casas e os dados rolam abaixo de zero. O cheiro da chuva me remete a lugares que até agora não pude ir. Preciso manter os pés no chão, mas como o fazer se minha cabeça está no céu, sem carta aérea e sem vontade de tê-las? O som continua. A música não pode parar. Duas cadeiras separadas, forçosamente separadas. Uma crítica expressionista. Dali me acompanha nesta realidade. Quadrados se derretendo. Calma. Aparentemente tudo voltando ao seu lugar de origem.

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