Foto: Pierre Verger. Recife, PE, 1947-1951.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Me esquece
Me esquece.
Me deixa que hoje tô pra putaria.
Tô pra porta da rua do beco,
tô pra bebiba barata e doce,
tô pro cigarro fino como pro longo.
Me deixa que o carnaval me tomou conta.
Tô pra carne como bicho do mato,
com fome.
Me deixa que hoje tô jogado,
tô nojento,
tô suado e desejoso.
Me larga que o batuque tá levando,
tô sacudido.
Me esquece pra eu te esquecer.
Me larga pra eu conseguir te largar.
Tô sujo mas tô inteiro.
Tô dado mas tô limite.
Tô rua mas tô em casa.
Viva a festa da carne,
o suor do espírito,
a limitação da fala,
o prazer da língua.
Tô prazer.
Me esquece.
Me deixa que hoje tô pra putaria.
Tô pra porta da rua do beco,
tô pra bebiba barata e doce,
tô pro cigarro fino como pro longo.
Me deixa que o carnaval me tomou conta.
Tô pra carne como bicho do mato,
com fome.
Me deixa que hoje tô jogado,
tô nojento,
tô suado e desejoso.
Me larga que o batuque tá levando,
tô sacudido.
Me esquece pra eu te esquecer.
Me larga pra eu conseguir te largar.
Tô sujo mas tô inteiro.
Tô dado mas tô limite.
Tô rua mas tô em casa.
Viva a festa da carne,
o suor do espírito,
a limitação da fala,
o prazer da língua.
Tô prazer.
Me esquece.
sábado, 18 de outubro de 2014
Catu Marota
Entre uma banda e outra,
o disco da dupla "queridinha"
toca no notebook.
Entre um gole e outro,
revelações iluminam a cozinha.
Entre a catuaba e o cigarro,
a vontade do beijo molhado
daquele que parece iluminado
se escancara.
O suor deixa tudo temperado.
E a noite se adentra,
minuto a minuto
na falta dele.
o disco da dupla "queridinha"
toca no notebook.
Entre um gole e outro,
revelações iluminam a cozinha.
Entre a catuaba e o cigarro,
a vontade do beijo molhado
daquele que parece iluminado
se escancara.
O suor deixa tudo temperado.
E a noite se adentra,
minuto a minuto
na falta dele.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Macumba pra protegido
Fiquei sabendo que ela fez
Macumba pra mim
Mas o que ela não sabia
Protegido eu estava
Do nada ouvi assim:
Ela quis te derrubar
Mandou gente pra te pegar
Mas o que ela não sabia
É que tu é meu fizim
Botou vela vermelha e preta
Cachaça e mal desejo
Pediu que fosse dela
Ou que a morte lhe desse um beijo
Mas o que ela não sabia
Protegido tu estava
O que ela não sabia
Protegido eu estava!
Macumba pra mim
Mas o que ela não sabia
Protegido eu estava
Do nada ouvi assim:
Ela quis te derrubar
Mandou gente pra te pegar
Mas o que ela não sabia
É que tu é meu fizim
Botou vela vermelha e preta
Cachaça e mal desejo
Pediu que fosse dela
Ou que a morte lhe desse um beijo
Mas o que ela não sabia
Protegido tu estava
O que ela não sabia
Protegido eu estava!
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Menos mais amor
Tô amor puro.
Tô frio na barriga,
tô sexo no parque,
tô cheiro de cachaça
e arrependimento.
Tô amor.
Puro acabamento,
foda do eixo.
Amor puro...
desconexo, imprevisível,
risível, até.
Tô amor por um,
por outro,
por todos.
Olhinhos brilham
de tanto amor.
Amor é tantas outras coisas,
menos amor nesse meu peito.
Tô frio na barriga,
tô sexo no parque,
tô cheiro de cachaça
e arrependimento.
Tô amor.
Puro acabamento,
foda do eixo.
Amor puro...
desconexo, imprevisível,
risível, até.
Tô amor por um,
por outro,
por todos.
Olhinhos brilham
de tanto amor.
Amor é tantas outras coisas,
menos amor nesse meu peito.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
#011014
Um dia, eu acordei do pesadelo. Meu corpo que antes pairava sobre algum avulso universo, abaixou-se, pesou e respirou. O medo que antes assolava meus pensamentos, impedindo as ações, sumiu, diminuiu. Virou pó de estrela.
A coragem que agora me empurra, assusta até os mais espertos e observadores. Não sabem como lidar com a força alheia, que confunde, movimenta, questiona.
Experimentações visuais viram sensações palpáveis, a saudade vira companheira inseparável por opção, a pele sente o sol e o calor dos lugares, observa e absorve. A vibração do corpo se eleva, nas cores e sons que surgem de onde os olhos vêem.
Ao mesmo tempo, sinto-me acuado, feito cachorro tímido. Cansado. Ou vai ou raxa é o que mais me representa. Os medrosos que me perdoem, mas eu vou nessa, pronto para estar errado no final, afinal.
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