Páginas

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Zé,
amigo preto
que carrego noutro plano
além do coração.
Zé tombado,
juremeiro arretado,
na estrada se criou
depois de fugir
de quem ia fazê-lo mal.
No mar conheceu um povo,
na estrada, outro.
No catimbó mais um
e no sertão alguns.
Zé passou por tudo quanto é lado,
sem casa, sem terra,
Zé andou.
A rua, sua morada,
é de Zé,
que passa de cabeça baixa,
porquê "pobre o ego abaixa".
De mulher Zé conhece,
já ganhou o coração de muitas.
Mas perdeu a vida
por conta de seu próprio sentir.
Amou a mulher certa
que tava com o homem errado.
Zé passou.
Meu amigo,
que me cuida do escuro
e pra luz me leva.
Meu amigo Zé.

Nenhum comentário:

Postar um comentário