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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

S.E.T.E.

I.

Era noite. Um corredor, uma santa, umas portas e vários espíritos. As paredes falavam. Vazio. Duas noites depois meu avô, pai de minha mãe, partia dessa vida. Seu corpo deixava o hospital, sem alma. Disparador para se pensar no que ando fazendo nesse bendito lugar.

II.

Entrei naquele elevador como quem entra num foguete. Gozaria a noite inteira, se deus permitisse. No mínimo beijaria aquela boca maravilhosa. Só conversamos, até o sol começar a apontar e eu dizer que queria dormir na minha cama. Vim embora. Dois dias depois, aí sim, gozei o encontro da paixão. 

III.

Pressionado como quem deita em areia movediça, o espetáculo não estava pronto mas as cortinas se abrindo, a qualquer momento. Coragem é um aprendizado constante de luta com o medo. Inegavelmente ela aparece. Mas a roda da fortuna não deixa de rodar. Consta.

IV.

Mudança.

V.

Era um céu tão azul, um mar tão lindo, uma cerveja tão gelada e uma distância tão safada. Meu coração doía. Nem parecia o Rio, nem parecia eu.

VI.

Lar.

VII.

No tempo de um Lorenzo. Sete pontos pra trocar de pele. Sete tópicos pra marcar o tempo. Sete ponteiros do relógio da vida. Sete meses. Sete pontas. Sete forças angelicais. Sete sustos demoníacos. No sete roda o jogo, passa o susto, toma o sopro. No sete volta a andar.

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