Se tem pó que margeia o osso do defunto, sopra o vento da roseira, forte como uma esteira.
Espaço de lunação, retrato de fortaleza, a luz que brilha tanto vem de sua caveira.
Olha que sacode o pó que lá vem Rosa Caveira, mulher de 21 punhais e que é dona da porteira.
Ela é dona da calunga, da grande a pequena
De todo aquela terra ela é sua primeira.
Salve Rosa Caveira,
Que da lua tudo sabe
Na profundeza dos segredos
É com ela que se ajeita.
Senhora de tudo saber
Da força que usar
Do momento de agir
Da sagacidade de existir.
Quanto mais profundo é o poço
Mais difícil de escolher
Se a luz é uma rosa
Pra iluminar minha caveira
Ela usa de espelho
Sua própria beleza.
Ninguém fica sobre o pó
De dona Rosa Caveira
A Senhora da calunga
Tem sabedoria das estrelas.
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