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sábado, 5 de novembro de 2011

Se o menino conseguisse escrever qualquer coisa sobre ele que mudasse o curso da água do rio da sua vida, talvez ele tentasse mais um pouco. Talvez ele mergulhasse ali mesmo, tendo a liberdade de estar consigo mesmo, mesmo que somente num instante dum suspiro, no tempo da falta de respiração agradável. Dentro do menino sufoca. Quem entra tem dificuldade de sair, mesmo que ele queira que não estivesse ali. E o pior, as pessoas tem entrado na vida do menino sem pedir licença, sem nenhuma consideração com aquelas águas, e o menino não quer isso, não quer que sujem suas águas, que marquem suas margens com pegadas... essas pegadas não são apagadas pelo vai-vem das ondas.

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