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sábado, 9 de novembro de 2013

Homenagem a um amor de longe

Um dia, há uns anos, conheci minha parte feminina. No desapego estava todo um afeto que havia se criado e na saudade se efetivou o sentimento de amor. Ela lá nas Minas, aquelas que eu tinha deixado pra traz na presença é a mesma que tinha carregado comigo. Recebi sua visita uma vez, o que me fez perceber que distância, se quer dizer algo, é coisa de gente assim que nem nós, desapegados da presença mas apegados ao sentimento que um dia nasceu. Hoje ela vai embora lá pro cafundó, vai levar o calor pro frio, levar cor pro monocromático. Hoje ela vai se distanciar mais um pouco de mim e, por mais contraditório que pareça, hoje ela vai ficar mais perto. Encheu minha cabeça de lembrança, de cheiro e textura, hoje sinto minha parte feminina ir embora e grudar em mim ao mesmo tempo. E eu desejo a ela que vá, que experimente aquilo que já sabíamos: são tantos caminhos, tantas coisas, tantos mundos num lugar só que não dá pra ficar parado. Vá experimentar, sorrir do lado de lá do oceano, minha Cecilia Silva. Meu amor pra vc! 

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