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sexta-feira, 29 de julho de 2016

HC

Nos corredores noturnos,
Almas vagam com objetivos certos.
Uns limpam o ambiente,
Normalmente de mulheres que,
Prontas no sorriso,
Apontam o caminho para as perdidas
Como eu.
Tudo azul e branco,
Numa tentativa frustrada de limpeza.
Marcas nas paredes,
Tijolos a mostra,
Janelas gradeadas
E vozes.
O próprio espaço se completa
Com as histórias mal contadas
De sofrimento alheio.
Absorvem os sorrisos,
Multiplicam o cuidado,
Como na casa da avó,
Onde o tapa acompanha o afago,
Onde o doce de faz amargo,
Onde a saudade da cama se desfaz
Nos olhos doloridos dos pacientes esperançosos.

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