Páginas

domingo, 30 de julho de 2017

De nada

Se o barco afundar,
nóis nada.
Se a estrada acabar,
nóis abre.
Se o vento parar,
nóis sopra.
Se o tempo correr,
nóis espera.
Se o carinho estancar,
nóis ama.
De nada em nada
nóis nada.
Se o fogo pegar,
nóis esquenta.
Se a chama aumentar,
nóis incendeia.
Se a cinza sobrar,
nóis queima.
Se a pedra rolar,
nóis pula.
De nada em nada
nóis continua nadando.

E de nada em nada
nóis tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário