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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

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A rainha do abebé, dona da beleza, da fluidez, dos estados afetivos da matéria. Mulher. Iyá. Mamãe. 
Quando fui abraçado pela senhora das águas doces, a rainha dourada, a riqueza em forma de amor, Osùn, nunca mais me senti desprotegido. Ela que é mãe, que cuida dos filhos enquanto os pais vão pra guerra, que se responsabiliza pela fecundação, que nos protege com fertilidade. 
A rainha que ganhou o coração de Sangò. Que apaga o fogo, que com calma fura a pedra, que esfria os caminhos.
É da Osùn a vaidade. Nos vales é querida, na seca é chamada, no fundo é fértil.
Ela que mata minha sede, que me limpa, que me alimenta, não permite que feitiço nem praga me derrube, não deixa que mal olhado se achegue, que choro desalenta, que riso exagere.

08/12 dia de Osùn.

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