terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Do trombo pro trisco
Trisco, de triscada.
Trombo, de trombada.
O solavanco não há de acontecer,
a energia vital
concentrada em seu lugar.
Vibrará, forte, por sinal,
mas não atravancado,
a sorte há de ser
outro dia,
companheira inseparável.
Há de vir e há de ser.
domingo, 28 de dezembro de 2014
2014
e prova dos latões,
o ano do cavalo
vai diminuindo o passo
num galope maroto
com brisinha de verão.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
cigá
cig
á
fa
l
ac
o
n
mí
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Natal
que antes o menino comemorava com todas as fés reunidas,
ele ficou sozinho,
por escolha própria,
e percebeu que suas fés não estavam separadas,
mas mais unidas que antes.
Cristo nasceu gordo como Buda
e numa manjedoura do fogo de Xangô.
Na paz, de Krishna.
E nesse caminho,
deixa de ser um para ser poli-menino.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Cigarro de páia
O que salva é a coroa na cabeça
e sentir frio no coração por alguém.
Cigarro de páia não salva ninguém.
O que salva é o malandro da beira,
que salta fogueira
e manda os trem ruim pro além.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Zé
amigo preto
que carrego noutro plano
além do coração.
Zé tombado,
juremeiro arretado,
na estrada se criou
depois de fugir
de quem ia fazê-lo mal.
No mar conheceu um povo,
na estrada, outro.
No catimbó mais um
e no sertão alguns.
Zé passou por tudo quanto é lado,
sem casa, sem terra,
Zé andou.
A rua, sua morada,
é de Zé,
que passa de cabeça baixa,
porquê "pobre o ego abaixa".
De mulher Zé conhece,
já ganhou o coração de muitas.
Mas perdeu a vida
por conta de seu próprio sentir.
Amou a mulher certa
que tava com o homem errado.
Zé passou.
Meu amigo,
que me cuida do escuro
e pra luz me leva.
Meu amigo Zé.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Inevejinha barata
Coisa mais ridícula
ficar por aí
aos cantos
esperando que o salvador venha
te tirar dessa insegurança
descarregada em forma de carinha feia
naquele que pra você é ameaça.
Se cuida por aí
fazendo o que tem feito
e o que tem que fazer
não tema
os olhares sutis que te dá
nem os abraços sinceros que você não recebe
por medinho de perder a imunidade
nas escolhas e canto da mesa.
A beleza é maior, de fato
mas o amor é amigo dele
não é amor.
Relaxa e goza.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Me esquece
Me deixa que hoje tô pra putaria.
Tô pra porta da rua do beco,
tô pra bebiba barata e doce,
tô pro cigarro fino como pro longo.
Me deixa que o carnaval me tomou conta.
Tô pra carne como bicho do mato,
com fome.
Me deixa que hoje tô jogado,
tô nojento,
tô suado e desejoso.
Me larga que o batuque tá levando,
tô sacudido.
Me esquece pra eu te esquecer.
Me larga pra eu conseguir te largar.
Tô sujo mas tô inteiro.
Tô dado mas tô limite.
Tô rua mas tô em casa.
Viva a festa da carne,
o suor do espírito,
a limitação da fala,
o prazer da língua.
Tô prazer.
Me esquece.
sábado, 18 de outubro de 2014
Catu Marota
o disco da dupla "queridinha"
toca no notebook.
Entre um gole e outro,
revelações iluminam a cozinha.
Entre a catuaba e o cigarro,
a vontade do beijo molhado
daquele que parece iluminado
se escancara.
O suor deixa tudo temperado.
E a noite se adentra,
minuto a minuto
na falta dele.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Macumba pra protegido
Macumba pra mim
Mas o que ela não sabia
Protegido eu estava
Do nada ouvi assim:
Ela quis te derrubar
Mandou gente pra te pegar
Mas o que ela não sabia
É que tu é meu fizim
Botou vela vermelha e preta
Cachaça e mal desejo
Pediu que fosse dela
Ou que a morte lhe desse um beijo
Mas o que ela não sabia
Protegido tu estava
O que ela não sabia
Protegido eu estava!
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Menos mais amor
Tô frio na barriga,
tô sexo no parque,
tô cheiro de cachaça
e arrependimento.
Tô amor.
Puro acabamento,
foda do eixo.
Amor puro...
desconexo, imprevisível,
risível, até.
Tô amor por um,
por outro,
por todos.
Olhinhos brilham
de tanto amor.
Amor é tantas outras coisas,
menos amor nesse meu peito.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
#011014
domingo, 28 de setembro de 2014
Erê mim!
a pedra de raio,
que veio pra olhar e adoçar
o caminho do menino.
Filho do rei,
mora num castelo de búzios e fogo.
Seu brado é um arroto.
Arrota porquê não é obrigado.
Criança
que gosta de doce,
que nem todas as outras.
Cabelo enrolado,
Laranjado de cócoras.
Ibeji ôôôô!
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Filhos do caçador
Grande é a mente
do filho da grande mata.
Caçador não perde o foco.
O filho que carrega o arco
tenta botar flecha no alvo.
Erra uma,
erra duas,
mas na terceira tentativa
acerta até a morte.
Ponta aguda,
Mata quem mata.
Filho do caçador
tem o olhar clínico,
afiado que nem o ofá de seu pai.
Ti!
Energia da coletividade,
por breves momentos
foge da generalização.
Esconde dentre os arbustos.
Filho de Oxóssi se perde na mata,
mas encontra saída
e volta pra casa
trazendo a caça
e a festa dos seus.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Esqueceram de mim - O Jogo
Da arte de não se conhecer e viver bem com isso
pela boa moral,
que não carregava expectativa,
nem sonho geral.
Acreditava,
de verdade,
que era leve feito tal
menino pequeno,
sem grandes feitos nem mal.
Desconfiei e acreditei errado.
Era o contrário.
Sou do tipo só expectativa,
alimentando sonhos,
regando possibilidades e
tentando colher fatos.
Acabou.
A realidade me pegou
de um jeito
tão estranho
que a única forma que encontrei
foi esperando mais
daquilo que me pegava
e sonhando
com aquilo que me liberta.
Sou só sonhos e expectativas.
Paô
As vestes vermelhas da realeza que me aquecem.
O duplo corte de seu machado abre com força
os caminhos que percorro.
As lâminas afiadas do oxê de Xangô arrebentam
os maus desejos que vem ao meu encontro.
É na justiça real que espero e repouso.
O fogo que sai de suas narinas e boca
ilumina meus passos e queima todo quebranto,
mau olhado,
demanda que me mandam.
E seu brado anuncia a bonança e a esperança
da vida nova que germina e cresce com a chuva.
Trovejou no meu coração.
Kawô Kabiecile!
domingo, 7 de setembro de 2014
Você não sabe de nada
A menina, o menino e o outro
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
A religião, o amor pelo próximo e a auto consciência
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Vida
sábado, 16 de agosto de 2014
Morte
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Pagamento atrasado
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Simplicista
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Até, Suassuna!
domingo, 20 de julho de 2014
Um ano
rever Oxóssi de perto,
sentar no trono de Xangô.
Mas são eles, no meu Ori,
que me ajudam a suportar a saudade.
Dia vinte de julho é dia do amigo
sábado, 19 de julho de 2014
Clareou...
sábado, 28 de junho de 2014
Lis
Antes eu lia.
Se deixassem, lia até pensamento.
Te lia no cheiro diferente,
No nervosismo cabulosamente
Disfarçado.
Agora leio lembranças,
Sossegado no caos.
Tudo pede leitura,
Peço licença pra não ler.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Protegido está
Pai da casa é Oxóssi.
Exu da casa é Balança. É Balança Caixão.
Dama da Noite acompanha
cheia de charme e paixão.
Isso sim é proteção!
Axé!
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Poeminha pra um não poeta
Sou aquele que escreve, apenas.
E organiza as palavras como um poema.
Às vezes rima.
Às vezes não.
Saudade
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Bem que me quis
um apelidinho carinhoso,
como o faço com quem eu amo,
antes de descobrir que sua tia o fazia há anos.
Quis descobrir nossa ligação,
nossa atenção um com o outro,
essa perdição que sinto nos seus olhos
e nesses lábios de história.
Quis ser feliz contigo,
quis acreditar na possibilidade,
quis o mundo contigo e
quis sumir quando vi a impossibilidade.
Eu quis falar contigo
e te beijar até o próximo por do sol.
Quis te ver,
te escrever poemas.
Quis te dar minha inspiração,
todos os meus sorrisos.
Quis te dar o que nem era meu,
o que os outros tinham me dado e eu esquecido
porquê o querer você era grande.
Te querer.
Quis tanto você que esqueci o que mim queria.
Mim queria se querer.
Parei que te quiser,
mim me quis.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Seus lindos olhos
Você tem um perigo nos olhos
E uma doçura que desconcertam.
Se olho neles, me perco
E me encontro nas suas retinas.
O verde caramelizado me remete ao tempo que não lembro
Doutros lugares que te conheci.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Sussurro #1
Eu tenho vontade de falar que sou apaixonado por você toda hora. Acordo com você já acordado em mim... e quando durmo você não dorme na minha cachola.
Entre segundas
Na distância, a falta surge como vulto. E na saudade, a lembrança diminui o caminho.
São semanas escritas dia a dia. Dias de vontade do carinho. Dias de se perder, pra encontrar no início do final o desejo do perpétuo.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Conselho
segunda-feira, 21 de abril de 2014
D'onde estou
Sou o meio termo entre o transgressor e o conservador.
Estou na metade.
Metá metá. Em cima do muro.
De cima do muro vejo as autoafirmações.
Não desejo estar entre tantas pessoas de algum lugar.
Procuro, incessantemente, os sem lugar.
Não enxergo como os outros e não pretendo fazê-lo.
O que sou eu não sei.
A diferença é que não pretendo saber,
não quero saber,
não espero saber.
Em cima do muro venta!
Sou desencontrado de nascença, por natureza.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Sagrado #antes de entrar
Mesmo tranquilo,
os passos assumem outros ritmos.
A impressão é em papel sulfite,
colorido mas embaçado.
Como se centenas de pessoas falassem,
gritassem e interferissem,
como pedras no caminho.
Olho pro lado e a estrada também dança.
Profundamente, na tênue memória que me resta
satisfação e ansiedade se revezam,
criando no inconsciente algo muito claro.
Acordando dentro,
mesmo dormindo por parte do caminho,
afinal descansar é preciso.
Aproveito a música e danço.
Me incomodo com muita coisa,
gente que fala,
gente sem confiança,
gente em quem não posso confiar.
Entregar também é preciso e,
de corpo, me encho de espírito.
sábado, 29 de março de 2014
Família de axé
nos abraços dos outros,
nos sorrisos que os outros dão
só de ver o outro.
A família de axé,
de zambelê.
A crença às vezes não é a mesma,
a fé é!
quinta-feira, 20 de março de 2014
Coisa doida
Frio na barriga é doido demais.
Cabeça doida é frio demais.
Cabeça demais é quente.
Abraço demais é doido.
Doido é abraçar demais.
Doido é ser doido demais.
Frio é não ser doido
ou ser e não manter doido.
Ai ai.
Doido é suspiro.
Doido é grito.
Doido sim. Doído não.
quarta-feira, 19 de março de 2014
A máquina
Nus sonhu du trem
Acontece que ninguém
Tem coráge de falá
Acha jeito de pará
A máquina.
Carona na coisa
Se não a coisa mia.
Bota pra fudê!
terça-feira, 18 de março de 2014
Sonho de cor
Fazendo o quê?
Sei não.
Tinha dois amigos afegãos,
a irmã de um pai
e as famílias.
Uma paisagem lindíssima
e uma câmera na minha mão.
Acordei sem guardar imagem
além das montanhas,
do pôr do sol
e da vontade.
quinta-feira, 13 de março de 2014
Estreia no nome
Engraçado demais.
Quando cheguei aqui, esperava coisas. Foi do jeito que esperei. São etapas que eu sabia que exisistiam, mas nem preocupei com quais seriam. Estados não são permanentes e me enxergar nunca foi tão gostoso. Esperava conseguir respeitar e tenho conseguido.
Existem os caminhos. E em sua pluralide, abrem-se.
Desejo o aberto. Quero estar aberto naquele palco. E a insegurança não ajuda. Fingir que tá tudo bem até agora deu certo. Amanhã, quando acordar, depois dos agradecimentos, serei mais ator, por ter tido a oportunidade de estrear no nome da cidade. Goiânia, o teatro.
Merdaaaa!!!
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Como está?
Se alguém me pergunta como estou, demoro responder porque nem tudo precisa ser dito. Às vezes (maioria delas, aliás) é melhor deixar como está. Abro um sorriso que não convence os mais atentos e digo o que querem ouvir: "Estou bem!".
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Sintomas
Fica um cheiro de falta
Até no nome do bairro
Até nos números da rua
Até nas cores das bermudas simples
Até dos anônimos.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Não tenho
Não tenho medo de carro,
Não tenho medo do ridículo,
Não tenho medo de água,
Não tenho medo de abraço,
Nem de beijo,
Nem de afeto.
O que me amedronta é a falta.
A falta de paciência,
A falta de desestrutura,
A falta de sonho,
De ilusões.
O que me treme de medo é
essa história pré contada,
Imaginada por quem sequer vive
e usa palavras difíceis
para falar de saudade,
de amor,
de simplicidade.
Tenho medo de desaparecerem
Os desencontros,
Os platônicos
E as efemeridades reais.
Mais que o ar,
Me sufoca a falta de amar.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Tipos de nós
1. o nó da tristeza, que vai apertando e sufocando. às vezes, nem abrir o berreiro resolve.
2. nós de expectativa. é o contrário do 1. é quando a felicidade aparece vívida e nem a garganta responde. deu nó de riso!
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
.
Falta coragem, falta sorriso, falta pele, falta vontade. Retém.
Sobra conselhos, sobra sobras, sobra lembrança. Tem sobra de falta.
Despedida
Falar tchau pesa.
Sempre preferi prolongar o tempo da saudade
e da falta.
Deixar pro tempo aquilo que é dele
e ao homem aquilo que lhe compete.
Tempo, leve logo o fardo da distância.
Fim
Não sei se é saudade adiantada,
se é saudade alongada,
se é falta premeditada.
Ou não sei se é medo de não conseguir ver o final feliz que eu sonhava.
E acreditava.
domingo, 26 de janeiro de 2014
#
Na ânsia, não olhou o relógio.
Abriu o guarda-roupa e se vestiu rapidamente com o que estava frente os olhos. Sem escolher cor nem nada.
Abriu a mochila, jogou o que tinha dentro fora, de qualquer jeito e pegou algumas camisetas, uma calça, uma foto e o resto foi lembrança. Na carteira, checou o pouco dinheiro que tinha enquanto trancava a porta e descia a escada. Num rápido "Até mais, 'seu' Barbabé", despediu-se do porteiro.
No celular uma música. No ouvido um fone. Pega um ônibus e na Br-153 pede para parar.
Um carro passa, ele estica as mãos mas o carro não pára. Um caminhão, não pára. Um carro pára. Ele entra.
ELE: Obrigado!
HOMEM: Nada! Vai pra onde?
ELE: Até onde cê puder me levar.
HOMEM: Goiás?
ELE: Velho?
HOMEM: É, pra velha Goiás.
ELE: Ótimo.
Silêncio. A paisagem passa e muda.
HOMEM: Tá sozinho?
ELE: Sou.
HOMEM: Hein?
ELE: Eu SOU sozinho.
HOMEM: Não entendo. É muita gente sozinha. Já é o terceiro que eu dou carona e todos dizem que estão sozinhos, vivem sozinhos...
ELE: Você não é sozinho?
HOMEM: Não.
ELE: Então porquê dá caronas?
HOMEM: Viajar sozinho é chato.
ELE: Ah, você é daqueles que tem medo de ficar só, que tem medo de morrer só. Cara, todo mundo morre só.
HOMEM: Nosso papo terminou aqui.
ELE: Vai me deixar aqui?
HOMEM: Não. Não quero ficar só. Só o papo que termina aqui.
Ele dorme. Acorda com um empurrão.
HOMEM: Chegamos.
ELE: Valeu!
HOMEM: Daqui vai pra onde?
ELE: Não sei. Bora ver.
HOMEM: Boa sorte!
ELE: Boas companhias!
Vira as costas e sai, pelas ruas de pedra da cidade velha. Entra em um boteco e sai com uma água e dois pães de queijo. Pára e pergunta alguma coisa pra alguém, que indica com a mão para uma direção. Ele segue. Rua de pedra, rua de terra, ponte, barulho de água. Num rio, ele chega, senta, bola um, fuma e sai para o mato. Imagens!
Volta e entra no rio. Viaja!
O celular toca.
ELE: Alô! No paraíso. Não, eu quero continuar só!
Escurece.
Fim.
Aflição
te vejo correndo na rua.
Nem os carros te iluminam, menino.
O reflexo molhado no asfalto
me mostra que choveu.
Choveu, inclusive, pétalas vermelhas
dentro da cabeça incomum do menino.
Pra onde e quê corre,
criatura colocada no mundo
para sentir desejo e só.
Não realiza seus sonhos.
Só realiza seus medos.
Trancafiado em casa,
sabe que não deve sair para a vida.
Qual vida?
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Existência
sábado, 4 de janeiro de 2014
Carnação
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Goteiras de um ano velho
E eu aqui, nesse receio de lutar.
Medo.
Enquanto todos os sorrisos se aquetam esperando o novo sol sair,
deixo que vazem as águas que antes gotejavam no meu teto emocional.
Ou não deixo.
Medo.